
Ser mãe aos 20, 30 e 40 anos
Sou uma mãe de mão cheia, que começou a sua jornada aos 20 anos.
Tive três filhos muito próximos, aos trinta voltei a ser mãe, e na década seguinte vivenciei novamente essa experiência maravilhosa.
Sinto-me privilegiada, porque trouxe ao mundo cinco filhos maravilhosos, todos eles com um propósito de vida.
Ser mãe é um talento, uma missão, uma chamada, que deve ser desenvolvida como tal.
A minha experiência como mãe em 3 décadas diferentes, é muito diferente…
Aos vinte anos, quando temos três filhos pequenos, e temos de dar banho a todos ao mesmo tempo, e também as refeições são em série, tal como o processo de vestir, levar à escola. E temos um marido que também não podemos descurar, porque afinal, eu casei com ele, e devo amá-lo e honrá-lo, inclusive com a minha disponibilidade para com ele, muitas vezes é extenuante.
Mas quando me deitava à noite, acontecia um fenómeno incrível… Deus renovava as minhas forças, e no dia seguinte, estava como nova, pronta para mais uma batalha.
E todos os dias vivia essa mesma experiência… As poucas horas dormidas, representavam todo um rejuvenescimento sobrenatural.
Aos trinta anos, quando voltei a ser mãe, já foi um pouco diferente, o corpo já demorou a recuperar a forma inicial, as forças já não eram renovadas com a mesma facilidade, a paciência às vezes faltava…
O esforço era muito maior, assim como a dificuldade em conciliar todas as coisas… Marido, filhos, casa, empresa, igreja, e a mim própria como pessoa e como mulher.
Aos quarenta, quando tive a minha última princesa, ainda mais difícil foi… O corpo não tem a mesma força e também emocionalmente é tudo mais difícil que digerir.
Mas… foi mesmo um presentinho que Deus me deu.
Ela é independente, meiga, crescida, perspicaz, intuitiva, …, e muitas vezes até faz de mãe.
No outro dia, eu estava tão cansada, mas como habitualmente, tento guardar isso para mim, e ela chegou da escola, olhou para mim, deu-me um beijo, uma festinha, e perguntou “Porque é que estás triste, mãe? Tinhas saudades minhas? Tu sabes que te amo”.
E de repente, lembrei-me da responsabilidade e do privilégio de ser mãe, esposa, mulher, e de ter Deus na minha vida, que me ajuda, capacita e fortalece em todos os momentos, mesmo quando parece que as forças e o ânimo, querem desvanecer-se.
Sorri, e respondi “Está tudo bem, apenas estava pensativa, imaginando como seria vazio o meu mundo sem a família maravilhosa que Deus me deu”.
“Mãe de mão cheia”
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