
Cabeça de mãe
Namorei pouco mais de 3 anos, e casei aos 19 anos. Com 20 anos já tinha uma filha. Poderão estar a pensar que casei tão novinha, e ainda por cima, fui logo mãe.
Mas tenho a dizer que tudo resultou de um desejo muito bem planeado. Comecei a namorar com 16 anos, com o meu atual marido, um pouco mais novo que eu. Ainda não namorávamos há 1 ano, e já planeávamos casar e ter uma casa cheia de filhos. Os nossos colegas riam-se pensando “Coitados, são novos, deixa-os sonhar…”
O que eles não sabiam é que era uma decisão muito séria.
Estou casada há 28 anos, e claro… concretizei o meu sonho.
Salmo 37:4
“Deleita-te no Senhor e Ele concederá o desejo do teu coração”
Ser mãe é ser. É a tempo inteiro, 24h por dia. Quando estamos tão exaustas, que pensamos não ter mais forças, e precisarmos de dormir, sem ter de pensar em fazer jantar, para recuperar, e de repente um filho precisa de ajuda para estudar, porque tem dúvidas na escola, ou tem um teste, porque precisa desabafar, ou o dia lhe correu mal, quem sabe teve um desgosto amoroso…
É interessante como nesses momentos, as nossas fraquezas, cansaço e fragilidades deixam de ter qualquer importância, só porque somos mães.
Deus fez tudo perfeito, e não é por a caso que Ele escolheu a mulher para ser mãe.
Lembro-me de sair a correr da empresa, ainda durante o horário laboral, para ir buscar os filhos nas suas atividades diárias, cada um num lugar…
Um filho na escola, outro na creche, outro no ATL, outro numa grande amiga que me ajudava nessa tarefa difícil da recolha, no final do dia.
Ir às compras com todos, depois, levar um à explicação, outro ao futebol, outro à ginástica, enquanto eu ia a uma consulta com o mais novo.
Todos os dias tinha uma agenda como qualquer mãe tem, na cabeça, e antes de me deitar o último passo era mesmo fazer um breve briefing comigo mesma, e ver o que fiz, o que ficou por fazer, o que faz sentido ficar para o dia seguinte ou o que terá de ser adiado, porque no dia seguinte a agenda já está novamente completa.
Eu conseguia ter na minha agenda imaginária (cabeça) as datas de todos os testes da escola, os horários de todas as atividades extracurriculares, as consultas e restantes compromissos de cada um, incluindo meus e o meu marido, a gestão da minha empresa, as viagens de negócios que tínhamos que fazer, a igreja, onde eu sempre tive muitas responsabilidades, e a partir do meu quarto filho, também como pastora.
Marcava as minhas viagens de negócios em função dos testes e restantes atividades ou compromissos importantes de cada filho, planeava o meu dia de acordo com a agenda dos filhos, …
Por fim, todas as minhas noites, quando finalmente estavam todos na cama, muitas vezes depois das 24h, era a hora de arrumar a casa, lavar a loiça, organizar as roupas, e claro… planear de novo, o dia seguinte….
Sinto-me realizada, existe um sentimento de missão cumprida, sou feliz!!!
“Mãe de mão cheia”
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