Evereste vs Grão de areia

Sabem o que é terrível com imprevistos, com problemas? Mal aparecem são como gigantes! Autênticos Golias, Everestes, colossais! Assustam o mais forte e fazem temer o mais corajoso, dominam-nos, fazem-nos perder o Norte, o Sul, e todos os outros sentidos lá no meio. Fazem-nos sentir pequenos, incapazes, com a famosa reação avestruz: vou-me esconder debaixo da terra até que o problema desapareça.

Não sou propriamente a pessoa mais desportiva, não tento subir um enorme lance de escadas, quanto mais o Evereste, não é o meu talento. Tentaria? Talvez não, porque olho para fotos, relatos, situações e penso imediatamente “é demasiado”. Não pensamos todos isso? “É demasiado difícil”, “é demasiado duro”, “é demasiado para eu aguentar”. Qual a conclusão retirada desses “demasiados”? A desistência. O cruzar de braços. O típico “nem vale a pena tentar”.

Se todos os problemas fossem realmente Montes Evereste, ainda seriamos nómadas, a pintar paredes de cavernas, a comer apenas e somente o que se encontrava no chão. Se ficássemos eternamente numa mentalidade do “nem vale a pena tentar” nunca teríamos dado os primeiros passos, ou aprendido a falar, ou mesmo a dar-nos com os outros, porque ao tentar aprender a andar cai-se, ao tentar aprender a falar engana-se, e nas relações com os outros, todos sabemos os milhares de erros que podemos cometer.

Então por que é que tentamos? Quando é que o gigante se transforma em anão? Quando é que o Evereste vira grão de areia? Quando é que o enorme problema para de me assustar? Quando mudamos a perceção, confiamos e arriscamos.

Mudar a perceção vai-me fazer entender que o que eu julgo complicado, pode ser fácil. Mudar a perceção vai-me fazer perceber que tudo é impossível até tentar, que tudo é assustador até ligar a luz e tomar o passo de entrar no desconhecido. Vai-me fazer perceber que o tamanho do problema irá depender da posição em que me encontro: o Monte Evereste é gigante, mas visto do espaço, não é nada. O problema é enorme, mas visto por Deus é um grão de areia.

O medo é horrível. Não há outra forma de dizer. Contudo, só nos vai dominar o que nós deixarmos. Só vai ter importância o que nós decidirmos.

Confiar, confiar no quê? No que sabemos ser verdade, no que acreditamos e, essencialmente, em quem acreditamos. Alguém que é gigante de coração, vitorioso pelo sangue, e Deus por natureza.

E depois? Depois arriscamos. Arriscamos nas promessas. Damos um passo no escuro. Caminhamos sobre as águas. Transformamos o problema num grão de areia. Um gigante derrotado com uma pedra. Confiando e arriscando num Deus que é seguramente o maior de todos.

“Lady M”

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