Os filhos vêm ocupar o lugar do marido?

Os filhos vêm ocupar o lugar do marido?

Certamente que este pensamento invade a cabeça de muitas mulheres que desejam ter filhos, e algumas que ainda nem constituíram família…

“Quando eu tiver filhos, consigo arranjar espaço no meu coração (na minha vida), para eles, sem deixar de amar o meu marido?”
“Será que o amor se divide? Em dois? Em três?…”
“Será que consigo fazer a separação entre o amor que sinto pelo meu marido, e aquele que sinto pelos meus filhos?”
“Será que consigo manter as prioridades certas na minha vida, com o nascimento de um filho?”

No meu caso, consegui a resposta a todas as minhas dúvidas, porque comecei por ter filhos, bastante cedo.

Os FILHOS vêm reforçar os laços de amor que existem entre o casal.
No meu caso, pelo conhecimento bíblico que tenho, foi-me fácil entender, que de forma nenhuma, os filhos vêm ocupar o lugar do marido, pelo contrário…
Por cada filho que nós geramos, o nosso coração ganha mais espaço.
Isto tem a ver com algo que Deus criou, que é o amor Ágape, que é um amor que dá, sem esperar receber primeiro… É um amor que cresce a cada dia.

O mais importante é uma mulher entender que os filhos são o resultado do amor de duas pessoas, ou seja, podemos dizer que são o “fruto” duma relação.

Quando nasce um filho, é um momento muito importante na vida de um casal.
E NÃO!!

O espaço que é responsável pelo amor que sentimos, não se divide, multiplica-se.
E multiplica-se tantas vezes, quantos filhos forem surgindo…
E nenhum é melhor do que nenhum, porque todos eles, foram uma dádiva de Deus, vieram de nós…

Claro que o meu marido teve um papel muito importante nesta questão. A disponibilidade para ele, muitas vezes não era a mesma, a paciência, o carinho, a atenção… Mas o amor, nunca teve em questão.
E o apoio dele foi essencial para crescermos juntos, nesta nova fase da nossa vida, aprendermos a gerir o nosso tempo e espaço, com a noção de que a realidade já não era mais a mesma.
Facilitando assim o meu trabalho, de colocar cada um no lugar que lhe é devido (marido e filhos).

Fui crescendo enquanto mulher, esposa, mãe, ser humano, serva de Deus, … desenvolvendo este amor incondicional.


“Mãe de mão cheia”

#mãedemãocheia #osfilhosvemocuparolugarmarido #amorincondicional

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Ser mãe aos 20, 30 e 40 anos

Ser mãe aos 20, 30 e 40 anos

Sou uma mãe de mão cheia, que começou a sua jornada aos 20 anos.
Tive três filhos muito próximos, aos trinta voltei a ser mãe, e na década seguinte vivenciei novamente essa experiência maravilhosa.
Sinto-me privilegiada, porque trouxe ao mundo cinco filhos maravilhosos, todos eles com um propósito de vida.

Ser mãe é um talento, uma missão, uma chamada, que deve ser desenvolvida como tal.
A minha experiência como mãe em 3 décadas diferentes, é muito diferente…

Aos vinte anos, quando temos três filhos pequenos, e temos de dar banho a todos ao mesmo tempo, e também as refeições são em série, tal como o processo de vestir, levar à escola. E temos um marido que também não podemos descurar, porque afinal, eu casei com ele, e devo amá-lo e honrá-lo, inclusive com a minha disponibilidade para com ele, muitas vezes é extenuante.

Mas quando me deitava à noite, acontecia um fenómeno incrível… Deus renovava as minhas forças, e no dia seguinte, estava como nova, pronta para mais uma batalha.
E todos os dias vivia essa mesma experiência… As poucas horas dormidas, representavam todo um rejuvenescimento sobrenatural.

Aos trinta anos, quando voltei a ser mãe, já foi um pouco diferente, o corpo já demorou a recuperar a forma inicial, as forças já não eram renovadas com a mesma facilidade, a paciência às vezes faltava…
O esforço era muito maior, assim como a dificuldade em conciliar todas as coisas… Marido, filhos, casa, empresa, igreja, e a mim própria como pessoa e como mulher.

Aos quarenta, quando tive a minha última princesa, ainda mais difícil foi… O corpo não tem a mesma força e também emocionalmente é tudo mais difícil que digerir.
Mas… foi mesmo um presentinho que Deus me deu.
Ela é independente, meiga, crescida, perspicaz, intuitiva, …, e muitas vezes até faz de mãe.

No outro dia, eu estava tão cansada, mas como habitualmente, tento guardar isso para mim, e ela chegou da escola, olhou para mim, deu-me um beijo, uma festinha, e perguntou “Porque é que estás triste, mãe? Tinhas saudades minhas? Tu sabes que te amo”.
E de repente, lembrei-me da responsabilidade e do privilégio de ser mãe, esposa, mulher, e de ter Deus na minha vida, que me ajuda, capacita e fortalece em todos os momentos, mesmo quando parece que as forças e o ânimo, querem desvanecer-se.
Sorri, e respondi “Está tudo bem, apenas estava pensativa, imaginando como seria vazio o meu mundo sem a família maravilhosa que Deus me deu”.

 

“Mãe de mão cheia”

#mãedemãocheia #sermae #privilegio #adaptaçao